Fingir que não gosta de alguém é
algo muito infantil. Eu me lembro de que essa era a minha principal estratégia
para conquistar alguém na pré-escola. Coisa que nem nessa época era bem
sucedida. Mas a gente cresce e descobre que apesar de nos acharmos super
maduros, ainda continuamos fazendo uso desse método primitivo.
Uma vez vestido esse disfarce, a
complicação começa. Não tem volta. Não dá pra simplesmente dizer o que pensa
depois de ser sido tão infantil por tanto tempo. Melhor jogar esse jogo que
quem vence é quem finge melhor. Mas há uma advertência: quanto mais se esconde,
mais lúdico se torna e quanto mais lúdico, maior a tensão. E as consequências são
devastadoras. Quanto maior a cumplicidade, maiores renúncias. Quanto mais claro o
sentimento, maiores desafios.
Acontece que esse é um jogo muito
difícil de se ganhar, pois desejo é uma coisa muito traiçoeira. Ele precisa de
vazão, e você não der, ele sai por onde você menos esperar.
Lembre-se que nesse exato momento você está sendo vítima do mesmo tipo de infantilidade.
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