Não estou pronta para dizer
adeus. Até mais, então. Não sei se serei a mesma até lá. Esse brilho que agora
é intenso pode ser apenas uma tênue luz quando chegar o momento. Não acredito
em destino. Não acredito em alma gêmea. Mas acredito no momento. O momento é o
dono da vida. O momento faz com que situações aleatórias sejam interpretadas
como destino, e pessoas compatíveis como almas gêmeas. Mas é difícil não
interpretar dessa forma, mesmo sabendo que há sete bilhões de pessoas no mundo.
Isso implica em haver pessoas compatíveis por todos os lados. Mas momentos
compatíveis não, por isso todo esse misticismo por trás deles. Momentos
compatíveis são raros. Porém cada momento é individual e único. E momentos
devem ser respeitados.
Não gosto de joguinhos. Não tente
me interpretar, pois nada do que faço é esperando alguma reação. Tudo em mim é
verdadeiro, até mesmo a minha forma de não agir. Fiz tudo que estava ao meu
alcance, e vivi, cada instante. Agora é com você. Não por orgulho, nem por ser
sua vez no jogo. Não há jogos. Apenas por questão de respeito. Você não merece
que eu despeje todo meu sentimento sobre você, é muita responsabilidade. Não,
isso é só meu. Deixa que eu cuide disso. Não é que eu tenha medo da queda. Muito
pelo contrário, já dei minha cara a tapa há muito tempo. Mas não sei do seu
momento. Eu só sei do meu, e quando ele chegou me joguei sem hesitar. Se eu
soubesse que o seu momento é igual ao meu, eu estaria aí, e não aqui olhando
para o relógio. Mas enquanto não sei, espero.
Não quero que esse momento acabe.
Quero que ele ainda esteja aqui quando você chegar, se você chegar. Mas não
posso garantir nada. Não sou dona do momento, ele que é meu dono. E o que ele
manda eu faço. Já não sei se estou tentando fazer com que o momento espere um
pouco mais, ou relutantemente querendo acabar de vez com ele por não suportar a
espera. Mas é inútil, quando ele quer ele é avassalador. E ele não quer dizer adeus.
Até mais.
Lindo, lindo...
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